Quando minha voz for escutada,
Sairei de meu breu eterno para a redenção.
Serei o amigo mais sincero, não o amargão,
Pois é hora de notar toda a escalada.
Quando minha voz for refletida,
Em menos tempos sairei para notar
Que toda aventura em um além-mar
Encerra-se no momento da partida.
Quando minha voz for refreada,
Sairei para explanar o que penso,
Já que de nada serve o intenso
e maledicente pavor da armada.
Quando minha voz for apagada,
Todo o mal será reluzente, mas incolor,
Pois de toda a escuridão e amargor
Ficará apenas a alma desenganada.
Sem a voz, sem a força, sem o toque.
Precisa-se de espaço para acreditar
Que todos nós somos mais para amar
E o tempo só reforça tal retoque.
Nenhum comentário:
Postar um comentário