quarta-feira, 27 de julho de 2011

Quando éramos tolos...

Quando éramos tolos, presos a um pensamento mágico,
Eu sonhava contigo, em carne plena e noite serena.
Ao acordar, via-te próxima, cálida e distinta,
Mas não ouvia uma só voz de amor ou ternura.

Dizia-te: "Vem! Aproveita esse momento junto a mim!"
E o que eu via era indiferença e rancor,
Pesadelo, tormenta, distanciamento e horror,
Pois as palavras soavam como se ditas a um fim.

Quando éramos tolos, meu amor, eu te sentia aqui:
Estufando um peito cardíaco, sem qualquer sinal de dor.
Sabia que em teu coração tripudiava paixão incolor,
Que nos teus - e nos meus - sonhos fomos um croqui.

Agora que o passado se foi e meus sonhos ficaram,
Sei que num momento de ternura relembrarei de ti:
Um passo mal dado, um coração desalmado ali,
Um espaço de amor e um calor enquadrado restaram.

Quando éramos tolos, eu sabia que podia ir além.
Hoje, que deixei essa característica de lado, não mais.
Simples poema que expressou o que senti ontem,
Bendito poema que mostra que sou além de "ais"!

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