quarta-feira, 27 de julho de 2011

Por uma camisa

Vestir o manto rubro
Era o sonho do menino.
Deliciar-se com o mínimo:
"É com isso que me cubro!"

Sentir o efeito do prazer
Propiciado pelo momento púnico:
Desejo inabalável de ser,
Vontade criada, permanece único.

Ao ser derrotado, se acalma.
Ao ver-se vencedor, vibra.
E quando não há mais alma
Vê-se só, mas de todo se equilibra.

Vestir o manto rubro
Era o sonho do menino.
Deliciar-se com o mínimo:
"É com isso que me cubro!"

Nas horas em que se via feliz,
Não ousou perder, nem por triz,
Queria a vitória, sempre criada
Aos traços de uma embalada virada.

Quantos não tem o mesmo sonho?
Quantos não querem vibrar com o punho?
Sabe-se que no rubro coração
Palpita algo maior que qualquer ação.

Vestir o manto rubro
Era o sonho do menino.
Deliciar-se com o mínimo:
"É com isso que me cubro!"

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