segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Poemas do Facebook - III

Produção intensa... ;)

***

Uma pequena estrela brilhante
Insiste em se fazer constante
No horizonte.

Uma pequena marca leal
Que é sempre esperança total
Sempre presente.

Um espaço andado rugiu
Ao caminho que o tempo ruiu
É revisitado.

A esperança que há tempos
Se montou, a cultivos lentos
Caminha conosco.

Se esperas que a vida nos leve
Carrega comigo essa flor como a neve
Para junto de nós.


***

Amor, meu grande amor, como diria Frejat,
Estás sempre na hora marcada comigo.
Talvez dentre de sua emoções longas já
Careçam maior carinho que o próprio umbigo.

Olha para nós e acredita: somos um só.
Não adianta querermos riscos de puro pó,
Se não soubermos a troco de que paramos
De analisar todos os dias os doces amos.

Observo-te em prantos, ao longe, distante...
Quero te abraçar agora! Quero te envolver
Um pouquinho mais em meu braço um instante...

Mira, meu amor, mira nos meus olhos a ver:
Há aqui onda maior em bravo mar hostil
Que quer fazer renascer o teu sorriso primaveril.


***

Now I know
That you're here...
Same things we think
Same things we do.

But now I'll stay
That you're my angel...
Same life we begin
Same life we'll can.

Stay here, my love,
Only stay - In my jungle mind
You're safe in the guard,
Safe in my little life.

Stay here, my love,
Only stay - In my memories
You're the same angel,
But I'm more than I was.

Now I know
That you're my little angel.
Only stay - In my freedom,
You carry me on!


***

Enriquecido pelas sombras do amanhã,
Minha alma caminha, rumo ao vento.
"Nenhum de nós sabe como é um afã",
"Somos apenas um mastro sem intento".

Eu não concordaria, meu grande amor - não.
Estamos pendendo para reflexo da realidade,
Já que somos tão espessos em conformidade -
Somos muito mais, além de qualquer clarão.

Reduzir forças não é nosso objetivo agora.
Aumentar territórios talvez seja necessidade.
E é a isso que se refere um coração pra fora:

Ruma, carinho meu, pelo vento da idade,
Pois não importa o tempo antigo que se fora,
Haverá sempre caminho além da tempestade.


***

Que faz teu coração, meu bem?
Recrias um mundo de perspectivas
Ou inundas em silenciosos estrondos?

Já sabes o que sonhar enfim?
Já imaginas o que queres de mim?
Talvez o vento me diga ao longe...

Que é nosso, ninguém tira: fato.
Que é meu, ninguém se apossa: eu.
Que é teu, dentre fogos, afinal?

Não me basta um silêncio apenas.
Mil silêncios se refinariam defronte,
Mas teu sorriso insiste em destituí-lo.

Afaga-me, amor meu: chama-me!
Sei que em teu íntimo grita o sangue
Que pulsa todos os dias por um beijo.

Afasta todo mal que te surge - calminho.
Não vamos cutucá-lo assim, brusco.
Sejamos apenas tu e eu, quietinhos.
 
 
 


***

Nenhum medo.
Nenhum céu.
Nenhuma dor.
Nenhuma disfunção.
Nenhum perdão.
Nenhum carinho.
Nenhuma flor.
Nenhuma dor.
Nenhum mundo.
Nenhum querer.
Nenhuma força.
Nenhuma criança.
Nenhum pilar.
Nenhum amor.

Nenhum.

Sem amor.


***

Enquanto afogado me encontro,
Saio rasteiro em busca de minhas coisas -
Que será que restou?
Quem será que sou?
Arremedo algum destroço?

Enquanto empenhado me encontro,
Saio em busca de mim mesmo -
Quem será que fui?
Até onde eu sou?
Quem será que destroço?

Enquanto, ao longe, vejo o céu,
Saio debaixo d'água em mim apenas -
Quem está aqui?
Eu estou em si?
Quem será que faz o destroço?

Avisto o submerso. Empunho-me ao céu.
Saio debaixo das profundezas -
Quem estou em algum ponto?
Quem está aqui em respiração?
O que é esse tal destroço?

Eu quero apenas respirar.

- Quero apenas respirar.  

***

Venha! Venha comigo uma vez mais,
Desfruta do teu paraíso dentro de apenas
Uma casa de ovo - figura atroz demais
Para quem só pensou em águas amenas.

Estamos fechados e não há mais espaço.
Pega apenas o que tens de mais leve,
Pois não precisamos de nada que não serve
Como o que nos prenderá - apenas um laço!

Sinto-te rebuliçando-se na cadeira, lendo -
Gentil desejo de um coração amargo?
Ou quem sabe vontade desenfreada tendo?

Não espero mais que um espaço largo:
Neste ovo, és minha fiel escudeira e brilha
Mais intensamente que qualquer espaço na trilha.


***

Depois de tanto tempo, vejo-te novamente.
Não era o mesmo sorriso, mas eras sincera.
Havia ternura no olhar, maior que a esfera,
E em tua voz o carinho que se faz exigente.

Sonhei contigo - república de meus pensares,
Espaço em que apareces linda, em seus pares
De comoção e dúvida, amor e retaliação -
Ainda assim reflexo de como é teu coração.

Juraste-me as dúvidas resolver - impossível,
Pois sabemos que mal temos tempo a perder,
Ainda sabendo que a dúvida nunca irá ceder.

Resta-me, então, esperar a realidade crível.
Só assim terei tua voz rindo no meu ouvido,
Só assim encontrarei lindo teu coração vivido.


***

Simples retoque de cores no céu azulado:
És, meu amor, pedaço e mau espaço
Que insiste em não caber como um aço
Num coração tão simples de ser amado.

Vítima de circunstâncias casuais - tão doces,
Meu coração se esforça em entender o ventre
De onde brota tão gentil sentimento, que entre
Lugares mil, escuta tua voz, irriquieta - um lance.

De que me serve, terno sentimento único?
Para que lado te curvas, em primazia desventurada?
Só me resta saber que a ti sirvo, tresloucada:

Quisera-me silencioso, responsos de tal anestésico,
Para que me guardasses em vão num mar de desejos
E fosse descoberto por outro coração em gentis lampejos.


***

Amor é força,
Desvio de conduta,
Desvio de normas,
Quebra de paradigmas.

Amor é vento,
É tempestade,
É orgulho e intento,
Devedor de favores.

Amor é troca,
Contínuo, descomunal.
Abraço apertado,
Carinho relaxado.

Amor é fuga,
É partir em dois,
Ser um estado,
Parecer nação.

Amor é dó,
Dor, piedade, fogo;
Aumenta estima,
Diminui orgulho.

Só não é amor
Total desamor:
Montar a vida
E trocá-la por nada.


***

Por onde andas, meu amor?
Caminhas em busca de carinho?
Seria o desejo da noite um espinho
Ou encontrarias todo o meu louvor?


***

Sabe aquela estrela que brilha,
Irradia luz, provida do céu estrelado?
Não sei mais de quem está ao lado
Não sei mais se não devo ser uma ilha.

Leio tuas palavras e me torturo assim,
Vendo que pendes para dois lados,
Quando outrora não havia mais outro afim,
Ou ainda restavam apenas esforços - sim.

Aterra-me tal conteúdo e me faz pensar
Que desistir e ser único talvez te faça feliz,
Para assim, seguires sem motivo para duvidar.

Queira, amor meu, que de longe, num triz,
Sobre algum carinho de tua escolha, tempestade
Maledicente de caminhos que trazem facilidade.


***

Se tu vieres me abrir uma caixa de desejos,
Encontrarás um âmago dos mais puro querer:
Nem de perto viverás em ramos de poder,
Mas viverás tudo em inúmeros doces lampejos.

Queria maior emoção para tua vida? Toma:
Possua em seu circuito relações douradas.
Afinal, de que vale uma série de touradas
Se não me há maior segredo num sintoma?

É, meu amor, o tempo passa - o deleite também.
Fica, porém a pura amgia de qualquer relação,
Quando há amor unidos - num só coração:

Dê graças por haver sentido na tua vida - amém!
Há tanto lá fora que não conhecer nosso calor,
Pois há muita gente querendo viver de torpor.


***

Então tu acordas de um sonho fatal,
Nem longo, nem breve - descomunal,
Movimento ilícito de um velho agouro,
Mártir de provas de todo um tesouro.

Abre teus olhos! Observa o que te vê:
Líros, rosas, violetas - todas próximas
De um rosto que chamega cataclismas,
De um corpo volúvel que antevê:

Brilha em tuas mãos o corpus do mundo!
Está aí! Veja em si! Apenas entenda
Que todo mundo vê, sente - aprenda:

Perdida no sono, intenso submundo,
Ficarás em prova de um lisonjeiro sentido
Que em vida se retoca o retorno mentido.


***

Se tu pensas
Que miras
Sem chagas
As adagas
Aqui,
Não sonhas
Que miras
Em claras
Maltratá-las
Em si.

Se tu ouves
As preces
Terrestres
Não credes
Em si?
Não queres
Ou suspendes
Minhas redes
De quereres
Aqui.

Se tu amas
Às avessas
Aborreças
As chamas
Aqui,
Mas conquistas
Bem vistas
Ou absissas
Amansarias
Em si.

Se nada houver
Cheiro qualquer
De uma mulher
Será colher
Em si.
Mas um talher
No prato quer
Buscar, couber
Imenso encher
Aqui?

Se eu busco,
Muito brusco,
Claro farrusco,
Fico lusco
Aqui.
Agora custo
Torno molusco
Algo tão fusco
Vermelhusco
Em si.

Rima a poesia:
Só tu a fazia
Virar pó, azia
Na primazia
Aqui.
Restou esquadria
Do molde queria
Alguma primazia
Que teu coração ia
Em si.


***

Semelhante segurança revive meu tempo,
Enquanto brotas em dúvidas e afagos o desespero.
Não esqueça, pois, de que, tal qual canalizo vento,
Minha esperança enche de vida meu romanceiro.


***

"You're the sun of the night
You're the spark thats sets on fire
You're the shield of my life
You're my shining star"
(Primitive Chaos, do Almah)

Como o sol de todas as minhas noites,
Irradias a energia que a madrugada retira.
No auge de meus sonhos, muitos enfeites
Criados pelas mãos de quem me tira.

A faísca que incendeia meu coração
Fora acesa há muito, apenas por ti.
Caso não houvesse tanto dito "não",
O braseiro iria além, muito longe daqui.

E assim nosso amor se constituiu, meu anjo,
E um escudo ao infinito horizonte surgiu,
Como se não pudesse distanciar o que nos uniu:

Eram as estrelas, que brilhavam lá em arranjo.
Elas, que no pior momento, estiveram com o calor
Que tornaram-te, linda estrela, meu maior amor.


***

"Faça-se a luz", disse Ele, no primeiro dia.
Para que se arrastasse até a folga, o sétimo
Muito trabalho foi feito, quase aturdia,
Tal eram ordens em momento séquito.

Sete dias. Dias de ternura e tempestade,
Dias de proofundo torpor e velocidade,
Para que atinjas tua plenitude, mortal bela,
E o sentimento que te acompanha e cela.

Os pensamentos vagam em missas alongadas,
Conjunturas de córregos firmes de claras
E benditas águas - nossas fianças amadas:

Que seja triunfante teu ao arco-íris retorno,
Pois de nada vale a alguém sem alvíssaras
Transpor o horizonte com algo morno.


***

Cartas que me fizeram sorrir, sonhar
E que hoje são resquícios fatigados.
Cada palavra que falei, sem duplicar
Nada do que eram meus sentidos dados.

Trouxeste-me a inconfidência do bem,
Tal como a sereia que me canta longe.
Não podes, porém, tirar-me lisonge
Do caminho que encontrei hoje e além.

Estás feliz? Encontraste o que queria?
Não percebo maré alta com calmaria
Como em sonhos um dia quiseste.

Minha noite foi terror, como uma peste.
Meus olhos gritam por um socorro a fim
De acabar com o mal que resulta assim.


***

Deu, né? :D              

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