domingo, 19 de junho de 2011

Havia um garoto

"I lost my way...
But found my truth..."
(Aquaria, "Lost")

Esta é uma história de amor?
Não sabemos bem.
De um quente e encantado momento
A um passo da frieza em questão,
Tudo correu rapidamente.

Havia um garoto.
Um belo e estranho garoto.
Seu encanto pelas coisas da vida era fugaz.
Até o aparecimento dela.
Quando a encontrou, seu mundo floriu.
Quando ela partiu, seu mundo murchou.

Pelas ruas, antes naturalmente vivas,
As pegadas sem som se tornaram constantes.
As folhas de uma primavera real
Tornaram-se as secas de um outono castigante.
Ela não sabe disso.
Ela não se importa com isso.

O garoto cuida de suas lamúrias num silêncio inaceitável.
Mas o que ele pode fazer?
Gritar? Expor? Rezar? Calar?
Ele apenas sabe amar.
Não sabe como chegar.
Muito menos como acabar.

Havia um garoto.
Um belo e estranho garoto.
Que de suas lágrimas criava rios.
Que de seus rios fazia oceanos.
Justamente porque não viu o principal pensamento de sua vida:

Que a mais bela de todas as coisas é amar
E ser amado em troca.

Quem é esse garoto?
Por que belo e estranho ele seria?
Num espaço vasto, numa natureza fria?
O que deixa de ser quente e assim se avizinha?

Difícil encontrar respostas.
Sabemos que a expansão do mundo não permite vermos tudo.
Sabemos que os pensamentos não são totalmente expostos...

Mas havia um garoto.
Um belo e estranho garoto.
Que apenas sonhou em um dia ser amado
E receber seu amor em troca.

Um comentário: