Rodeada pelos mares distantes,
Separada da terra e do além, sem mais vivas cores:
És a ilha, viço cambaleante,
Incapaz de gerar quaisquer amores.
Perdida no meio do nada,
A ilha parece um semover dúbio:
quanto mais se eleva a fronte acabada,
menos se percebe o sentimento decúbito.
Num par de mãos dilaceradas pelo tempo,
Ninguém pode ousar tocá-la e sair atento,
Pois não mais recebe naus ou marinheiros,
Apenas o mal, o negro, o baderneiro.
A ilha afundará, sim, talvez em breve.
A ilha afundará... Quiçá bem leve.
Lentamente e aos poucos...
Num mar roto de agruras e soltos
Todos os medos de uma alma escura...
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Às vezes
Um caminho de lágrimas é um dia chuvoso:
Quanto mais tu queres que passe, mais água vem dos céus.
Um caminho de paixões é um pedido de carinho:
O universo ao alcance, os desejos possíves.
Às vezes, os caminhos se cruzam.
Há vezes em que se toma outra direção.
Por vezes, nos soltamos e esquecemos a escuridão.
Num passe de mágica, o escuro esclarece -
Mil asas de anjos voam, pêndulas ao céu
Para trazer a alegria de estar aqui.
Às vezes somos instigados ao absurdo:
corre-se riscos, busca-se felicidades.
Mas quando há o temporal seguido de chuva,
Só os que estiveram presentes conheceram a sensação.
E isso só acontece às vezes.
Só às vezes.
Quanto mais tu queres que passe, mais água vem dos céus.
Um caminho de paixões é um pedido de carinho:
O universo ao alcance, os desejos possíves.
Às vezes, os caminhos se cruzam.
Há vezes em que se toma outra direção.
Por vezes, nos soltamos e esquecemos a escuridão.
Num passe de mágica, o escuro esclarece -
Mil asas de anjos voam, pêndulas ao céu
Para trazer a alegria de estar aqui.
Às vezes somos instigados ao absurdo:
corre-se riscos, busca-se felicidades.
Mas quando há o temporal seguido de chuva,
Só os que estiveram presentes conheceram a sensação.
E isso só acontece às vezes.
Só às vezes.
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